quarta-feira, 30 de junho de 2010

As mulheres no Paquistão




No Ocidente, o Paquistão é conhecido pelos seus costumes rígidos e pouco ortodoxos, bem assim como sendo um País "exportador" de terrorismo.
Mas, o que muita gente desconhece é que este país, aliado dos Estados Unidos, vive no seu interior num ambiente de terror, fruto do seu fundamentalismo alicerçado no fanatismo de uma religião que não dá tréguas à dignidade Humana.
Exemplo disso é a criação de uma polícia moral islâmica que veio limitar ainda mais os direitos das mulheres, já de si praticamente inexistentes.

A violência contra as mulheres vai desde "assassinatos por honra", pelo simples facto de falarem com um homem, "casá-las com o Alcorão" para que não possam ser herdeiras da família, ou a prática de um costume ainda hoje muito usado que se chama "swara", no qual a mulher é vendida, estuprada ou forçada a se casar com um homem em troca de uma dívida da sua família.

Os homens, sob a protecção das leis de um País bárbaro, praticam os mais variados crimes contra as suas mulheres, cometendo actos de verdadeiro terrorismo, chegando a "queimar a cara das vítimas com ácido".
Os resultados deste absurdo são graves não apenas do ponto de vista físico, mas do psicológico, afinal para estas pessoas a vida nunca mais será a mesma.
As histórias de quem sofreu este tipo de ataque são tristes e trágicas. Uma delas foi obrigada a se casar com a pessoa que a atacou por causa da pressão social pelos costumes tradicionais.
Resta dizer que os agressores ficam não só impunes, como aos olhos da sociedade, são vistos como "pessoas" integras, que se limitaram a limpar a sua "honra", o seu "bom nome" e a "dignidade" a que sentem ter direito.

"As imagens que se seguem podem ferir susceptibilidades das pessoas mais sensíveis"



Irum Saeed, 30 anos, foi queimada no rosto, nos ombros e nas costas há 12 anos por um rapaz com quem ela havia rejeitado se casar.
Ele a atacou no meio da rua.
Irum já passou por 25 cirurgias plásticas.



Kanwal Kayum, 26 anos, também foi queimada por não querer se casar com um rapaz.
Ainda não foram feitas cirurgias.



Shahnaz Bibi, 35 anos, foi queimada com ácido há 10 anos por um parente por causa de uma disputa familiar.
Ela nunca passou por uma cirurgia plástica.



Saira Liaqat, 26 anos, mostra uma foto que tirou antes de ter o rosto queimado pelo ex-marido. Ela se casou com um parente aos 15 anos de idade e ficou a morar com a sua família até terminar a escola. Ela teve o rosto queimado após diversas tentativas frustradas por parte do marido de levá-la para morar com ele.
Saira fez 9 cirurgias plásticas.



Shehnaz Usman, 36 anos, foi queimada por um familiar por causa de uma disputa entre os parentes.
Ela passou por 10 cirurgias plásticas.


Shameem Akhter, 18 anos, foi estuprada por três homens que depois jogaram ácido na sua cara.
Ela passou por 10 cirurgias plásticas.



A Acid Survivors Foundation do Paquistão tenta angariar fundos para ajudar com tratamentos médicos (principalmente cirurgias plásticas e fisioterapia), as vítimas destes horrendos crimes.


Fonte: Izismile